De saudade eu entendo

Colo, café e cerveja. Esse é o gosto que me lembra as manhãs frias e as noites chuvosas. Nossas conversas que beiravam a loucura e abraços tão quentes que ainda não esfriaram no meu corpo. A ausência de vocês é o meu maior desafio das meias manhãs de segunda-feira e final de noite de sexta.

Queria poder recitar grandes poemas ou escrever infinidades de textos com meias verdades, mas vocês são tão espalhafatosos, que eu deveria criar personagens. Livros enormes, carregando o sonho de um dia cobrirem grandes prateleiras, e com vocês lá dentro, com outros nomes, algumas verdades que não são suas, mas com todas as incertezas caindo por terra quando reconhecerem algumas páginas, pois saberão das verdades escondidas em suas linhas.

Talvez num outro dia, num outro café ou outro trago, eu tenha a sorte de recuperar parte do calor que me falta e que está com a saudade que congela meu peito.